O caos penitenciário e sua pertinência nos concursos
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O caos penitenciário e sua pertinência nos concursos

O caos penitenciário e sua pertinência nos concursos

O Brasil inicia 2017 com sua pior crise penitenciária da história. Com as rebeliões nos presídios, o número de mortes chegou a 134, ocorridas nos Estados do Amazonas, Roraima, Paraíba, Alagoas e Rio Grande do Norte.

O país possui a quarta maior população carcerária com 622.202 presos. Desse número, aproximadamente 40% é composto por presos provisórios, aguardando julgamento do Poder Judiciário. Essas informações são do Ministério da Justiça de dezembro de 2014, ou seja, como a população prisional só tende a crescer, os números atuais são certamente maiores.

No mesmo relatório fornecido pelo Ministério da Justiça aparece o número de vagas no sistema penitenciário nacional. Apenas 371.884 para abrigar 622.202 pessoas. O déficit de vagas chega a 250.318 em todo país.

Segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), os números são ainda piores. O CNJ considera no cálculo as pessoas em prisão domiciliar. Assim, em 2014, a população carcerária seria de 711.463. Como se não bastasse, o país ainda tem 373.991 mandados de prisão em aberto, o que provocaria um salto na população prisional para mais de 1 milhão de pessoas, caso todos fossem cumpridos.

Com números que assustam e sempre presente nos noticiários, o tema tem grande chance de ser cobrado nos concursos que serão abertos em 2017 e 2018, tendo em vista que o examinador não fica alheio com o que acontece no país.

Dessa forma, os candidatos deverão dar atenção aos temas relacionados ao assunto como, por exemplo, a Lei Execução Penal, as prisões provisórias e os Direitos Humanos. Eles têm uma grande chance de serem cobrados nas questões dissertativas. Nas questões objetivas é quase 100% de certeza de serem cobrados.

Assim, a dica é estudar as súmulas e as jurisprudências do STJ e do STF sobre o tema. Para um possível concurso do CNJ, torna-se imprescindível a leitura das Resoluções nº 96, nº 113 (com suas alterações) e nº 223. Estudar tal assunto pode ser decisivo para uma aprovação!

Prof. João Murta

Professor JOÃO MURTA. Possui graduação em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (2006) e pós-graduação em Direito Público pela Universidade Candido de Mendes do Rio de Janeiro (2009). Mestrando em Administração Pública pelo Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP). Foi Supervisor do Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário (DMF) sendo Gestor nacional do Programa Começar de Novo, bem como participou de diversos Mutirões Carcerários realizados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). É Analista Judiciário do CNJ e hoje atua como Assessor Chefe de Gabinete de Conselheiro. Tem experiência na área de Direito, com ênfase em Direito Administrativo, Constitucional e Penal. Foi aprovado nos concursos do CNJ, STJ, TSE, TJDFT, TJMG, MPU, dentre outros.

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